quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Renasci com a chuva

Fechei os olhos, respirei fundo, senti a chuva a cair na minha cara e nos meus braços, fiquei com os pés molhados e respirei novamente.
Devagarinho, assim

de ........... va ............. ga ........... ri .......... nho

E depois outra vez... e tantas quantas foram precisas para me despedir de vez do Verão. Adeus e até nunca mais.

Agradeci. Agradeci por toda a dor e contrariedade dos últimos meses. Lembrei-me de uma conversa que tive recentemente, com uma pessoa maravilhosa que me disse assim: Quando nos acontece algo de bom, nós achamos que temos direito e, por isso, nunca que nos revoltamos. Mas quando nos acontece algo de mau, já achamos que não havia direito de isso nos acontecer e cresce uma enorme revolta.


Acredito que sem a dor e as lágrimas passadas não me sentiria tão abençoada no dia de hoje.
Sei que tenho ainda um caminho longo pela frente para alcançar a paz que tanto peço.
Mas também sei que não o vou percorrer sozinha e, por isso, meu amor,

meu a ........... m ........... o ........... r

vai ser tudo mais simples e descomplicado.


.......

_ Pára o tempo.
_ Queres parar o tempo para quê?
_ Para quê? Para poder viver isto... para não acabar.
_ Eu não quero que o tempo pare.
_ Não?
_ Não.
_ Como não?
_ Eu quero viver isto e muito mais.

.......




(acho que chegou a hora)

1 comentário:

  1. Ficam-te bem, os meus óculos!11 de agosto de 2014 às 10:35

    Desculpa...desculpa pelas lágrimas...as que choraste antes destas palavras, e as que choraste depois...e depois...e depois...
    Acredito que não é tarde para te dizer isto...não sei se o vais ler...mas se leres, quero que saibas que saber que hoje és uma pessoa feliz, me faz uma pessoa feliz!
    De vez em quando venho aqui espreitar alguns pedaços do passado...do teu passado...do nosso passado...faz-me bem...porquê?...a resposta é...porque sim!

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