Acusas-me algumas vezes de pensar nas coisas más do meu (nosso) passado. Como se ao pensar, estivesse a puxar ou a acordar essas más memórias. Respondo, quase sempre, que não tenho culpa. Não é consciente. A minha cabeça simplesmente viaja por ali.
Pensar no passado não é mau. Faz-nos ver e sentir as curvas de frente. O passado fez de mim o que sou hoje. Mas há episódios, que ainda são tinta fresca. Tinta que ainda não secou. Sinto o corpo mutilado com pequenas feridas abertas. Por isso, revivê-las é não esquecê-las. Eu não as quero guardar na gaveta, prontas a magoar novamente. Desejo resolvê-las.
Porque quero que esta árvore cresça com raízes bem fundas, livre de qualquer veneno.
Para a podermos regar.
Para ficarmos felizes com a chuva.
Chegou o Outono amor. E isso, só por si, já é uma excelente notícia.
Sem comentários:
Enviar um comentário