"A estrutura, quer dizer, a estrutura" - ele repetia e abria a mão branquíssima ao esboçar o gesto redondo. Eu ficava olhando seu gesto impreciso porque uma bolha de sabão é mesmo imprecisa, nem sólida nem líquida, nem realidade nem sonho. Película e oco.
(...) Sem grito. Amor de transparências e membranas, condenado à ruptura.
Lygia Fagundes Telles
(Brasil, 1923)
in A estrutura da bolha de sabão
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