sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vou rumo ao sul

Me and my baby. Só as duas e um "cdzito" que estou a preparar para a viagem. Que vai começar assim:



Só faltam 2 horas.

Sobre as unhas vermelhas

Lembrei-me hoje, enquanto gastava a minha hora de almoço em futilidades fixes, traduzindo, a pintar as minhas unhas de vermelho, que tive um namorado (sim... existiram namorados antes do meu ex!!) que detestava unhas pintadas. E eu, menina bem comportada, nunca pintava as unhas. E não gostava de cabelos curtos e eu nunca cortava o cabelo. Não gostava de cabelos pintados e eu nunca pintava o cabelo.

Até que um dia, eu disse-lhe: _ Desculpa lá, mas esta aqui que está à tua frente não sou eu. É outra qualquer. Agora "cólicença" que eu vou ali e já venho.

E pronto. A partir desse dia, fartei-me de pintar unhas e cortar cabelo. E ainda hoje não entendo, porque é que, de vez em quando, faço de mim aquilo que não sou, só para tentar agradar. Quando depois dou por mim outra qualquer.

Ontem conheci uma pessoa fantástica. Uma mulher com uma história de vida que inspira qualquer um. E o maior "recado" que recebi foi:

Se não te amares a ti, como vais tu conseguir amar os outros?

And that's it!

Aprendi duas lições em apenas um dia

Lição nº1: Tentar ajudar alguém é gratificante.
Lição nº2: Nunca tentes ajudar quem não quer ser ajudado.

Nunca te afastes dos teus sonhos,

pois se eles se forem,
vais continuar a viver,
mas terás deixado de existir.

Charles Chaplin

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dos sonhos

A partir do próximo mês, vou passar algum tempo por aqui...

fotografia-5

fotografia-4

fotografia-3
fotografia-2

Mudanças

Cortar 20 cm de cabelo, andar sempre com as janelas do carro abertas, para deixar entrar o vento...

...e sentir-me LIVRE.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Talvez isto seja mesmo para mim.

Não penses. Que raio de mania essa de estares sempre a querer pensar. Pensar é trocar uma flor por um silogismo, um vivo por um morto. Pensar é não ver. Olha apenas, vê. Está um dia enorme de sol. Talvez que de noite, acabou-se, como diz o filósofo da ave de Minerva. Mas não agora. Há alegria bastante para se não pensar, que é coisa sempre triste. Olha, escuta. Nas passagens de nível, havia um aviso de «pare, escute, olhe» com vistas ao atropelo dos comboios. É o aviso que devia haver nestes dias magníficos de sol. Olha a luz. Escuta a alegria dos pássaros. Não penses, que é sacrilégio.

Vergílio Ferreira, in "Conta-corrente - nova série - 2"

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sexta-feira 13

Reparei agora que ainda tenho a marca da aliança.

Como fazer-te saber que há sempre tempo?

Que temos que buscá-lo e dá-lo…
Que ninguém estabelece normas, senão a vida…
Que a vida sem certas normas perde formas…
Que a forma não se perde com abrirmo-nos…
Que abrirmo-nos não é amar indiscriminadamente…
Que não é proibido amar…
Que também se pode odiar…
Que a agressão porque sim, fere muito…
Que as feridas fecham-se…
Que as portas não devem fechar-se…
Que a maior porta é o afecto…
Que os afectos definem-nos…
Que definir-se não é remar contra a corrente…
Que não quanto mais se carrega no traço mais se desenha…
Que negar palavras é abrir distâncias…
Que encontrar-se é lindo…
Que o sexo faz parte da lindeza da vida…
Que a vida parte do sexo…
Que o porquê das crianças tem o seu porquê…
Que querer saber de alguém não é só curiosidade…
Que saber tudo de todos é curiosidade malsã…
Que nunca é demais agradecer…
Que autodeterminação não é fazer as coisas sozinho…
Que ninguém quer estar só…
Que para não estar só há que dar…
Que para dar devemos antes receber…
Que para nos darem há também que saber pedir…
Que saber pedir não é oferecer-se…
Que oferecer-se, em definitivo, não é querer-se…
Que para nos quererem devemos mostrar quem somos…
Que para alguém ser é preciso dar-lhe ajuda…
Que ajudar é poder dar ânimo e apoiar…
Que adular não é apoiar…
Que adular é tão pernicioso como virar a cara…
Que as coisas cara a cara são honestas…
Que ninguém é honesto por não roubar…
Que quando não se tira prazer das coisas não se vive…
Que para sentir a vida temos de esquecer que existe a morte…
Que se pode estar morto em vida…
Que sentimos com o corpo e a mente…
Que com os ouvidos se escuta…
Que custa ser sensível e não se ferir…
Que ferir-se não é sangrar…
Que para não nos ferirmos levantamos muros…
Que melhor seria fazer pontes…
Que por elas se vai à outra margem e ninguém volta…
Que voltar não implica retroceder…
Que retroceder também pode ser avançar…
Que não é por muito avançar que se amanhece mais perto do sol…



Como fazer-te saber que ninguém estabelece normas, senão a vida?



Mario Benedetti
(retirado do blogue abro páginas encontro espelhos)




quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Esta canção na minha vida

Ontem fui ver um concerto do Rui. Há canções que para nós, têm muita história.

Esta é uma delas.

Há uns anos atrás, recebemos uma notícia muito má. Tinha sido diagnosticado um cancro a uma filha de uma amiga muito próxima. Lembro-me do dia em que a M, foi ao hospital porque lhe doía as costas há 2 dias. Está presente em mim o momento em que nos disseram o que ela tinha.
A reacção da mãe, a reacção da M. A nossa reacção. O diagnóstico era muito reservado. Depois da operação a 31 de Dezembro, falou-se em qualquer coisa como seis meses... seis meses.
Passamos muitos dias no IPO. A M nos seus seis anos, nunca desistiu.
Depois, lembro-me dela carequinha deitada na cama a pedir-me: _ Tia tira-me fotografias.

Mas de todas as memórias, esta canção sempre a tocar. Na rádio, no leitor de cds e na nossa cabeça.

Porque às vezes nos falta, aquele bocadinho de paciência.
Porque às vezes, dizemos muitos NÃOS: Não tenho tempo, não posso brincar, não faças isso, não comas com as mãos, não corras, não grites, não chores, não faças mais birras...

Porque às vezes somos muito sérios.
Porque às vezes nos falta a sabedoria para aproveitar.

Porque para os que amamos devíamos de ter sempre, todo o tempo do mundo.

A M hoje tem 17 anos. Está linda, enorme. Feliz!

Pontos Soltos

Comprei uma prancha de bodyboard para a minha filha, porque ela quer surfar as ondas.
Há dois dias que venho de hawaianas para o trabalho e, nem sei, porque é que não me lembrei disto antes.
O condomínio tem um jardineiro novo, detesta cães e tem um ar assustador. Já tive pesadelos com o homem.
Tenho milhões de formigas em casa. Já melgas, não têm aparecido por estes dias.
Tou a almoçar uma pizza que está uma porcaria... ou isso, ou desabituei-me de comer.
Todos os dias escrevo um papel, ou mais do que um, a dizer: NÃO CHORO MAIS.
Tenho ido para a praia quase todos os dias depois do trabalho e saímos de lá, já quase de noite.
Há mais de uma semana que não faço uma refeição em casa.
Hoje comprei a Blue Design. Fico feliz quando de três em três meses ela chega às minhas mãos.
Apetecia-me ir ali dentro e dizer: Não volto mais
Tou cheia. Cheia da pizza e de outras coisas mais.
Hoje dói um bocadinho menos que ontem, mas ainda está muito longe de não doer.



terça-feira, 10 de agosto de 2010

(Des)conforto

Algures durante a madrugada

_ Filha, chega para lá... deixa a mãe dormir contigo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Coisas que me lembram de ti

Lições de vida # no chat do Facebook

Ele: Então amiga, como vais?
Eu : ... vou andando. Mais ou menos...
Ele: Então?
Eu: História complicada. Não dá para explicar por aqui.
Ele: ...
Eu: Amigo, desculpa, mas preciso de te perguntar. Quando descobriram ... à E? Quando? Estou na idade dos porquês... ando à procura de respostas, de motivos...
Ele: Antes de casarmos, já sabíamos.
Eu: ...
Ele: Enquanto estivemos juntos, fomos imensamente felizes. Às vezes a felicidade também é isso, recordar os momentos felizes e completos por que já passamos. Já fui muito feliz, já conheci o amor. O verdadeiro amor... e há quem nunca tenha a sorte de ter sentido isso na vida.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eu

Comecei este blogue há 8 meses atrás, quando atravessava um período muito delicado da minha vida. Vivia a dor de um divórcio, um divórcio de um casamento com muitos anos.
Com a aceitação do divórcio, nasceu uma vontade muito grande de começar de novo. Começar do zero. Mudei de casa, de rotinas, de blogue e depositei aqui a esperança de ler um dia mais tarde, uma nova vida. Feita de dias normais. Sorrisos e tristezas de quem simplesmente vive um dia a dia.

Desde Janeiro que a minha vida já deu muitas voltas. Já tive notícias más e algumas piores que más.
Sempre tive muita fé. Fé também nas pessoas...

Hoje questiono muito. E sei que este questionar é sinal que existe entre mim e Deus uma grande revolta. Não compreendo. Não entendo e não aceito. A dor é grande. E eu só peço que a dor, não se transforme em raiva e mágoa.

Deposito no tempo a minha última esperança.